quinta-feira, agosto 20, 2009

Amanhã


Amanhã celebra-se o dia da cidade do Funchal. O anfitrião das festividades, presidente desta autarquia desde 1994, completa este ano o mandato que lhe foi confiado pela maioria dos funchalenses em 2005.
No fim deste mandato (4 anos!) ainda estamos no início do processo de revisão do PDM, instrumento essencial para o ordenamento urbanístico do Conselho, processo este anunciado mesmo no mandato anterior.
Durante este mandato constata-se ter havido um incremento na elaboração de planos de urbanização e de pormenor, instrumentos essenciais à definição de espaços públicos qualificados. Contudo verifica-se que a maior parte foi para corrigir ilegalidades licenciadas pela Câmara (Plano de Pormenor da Quinta do Poço, Plano do Amparo, Plano da Ribeira de S. João-em discussão pública) ou para dar enquadramento a obras que, no âmbito do PDM, seriam ilegais (Plano do Infante, Plano do Castanheiro).
Além do mais, verificaram-se uma série de suspensões e adaptações do PDM completamente incompreensíveis à luz de uma política séria de ordenamento do território.
Por outro lado continua-se a governar a cidade sem uma estratégia clara e mobilizadora, quer em relação às zonas de expansão, quer em relação ao denominado centro histórico.
A verdade é que não há uma ideia do que se quer para cidade. Não há ninguém a PENSAR a cidade.
Por isso, não basta que esta cidade seja um exemplo nas operações de salubridade e saneamento básico; que comece a notar-se uma cuidado maior nos arranjos das áreas ajardinadas; que seja visivel um bom trabalho no Parque Ecológico; e que se possa reconhecer um sucesso com mérito da Câmara na animação cultural e desportiva da cidade, para considerar que se tem governado bem a cidade.
Assim, amanhã não há grande coisa para celebrar.

terça-feira, agosto 18, 2009

o bocejo

Perguntaram-me há pouco se este ano iria estar presente nas cerimónias do dia da cidade do Funchal. Este ano não.

Para mim o dia da cidade devia servir para comemorar o passado e projectar o futuro. Nos discursos dos responsáveis políticos devia ser apresentada uma ideia para a Cidade, explanadas as estratégias e, eventualmente anunciadas algumas acções ou obras de relevância.

Mas os protagonistas vão ser os mesmos e, a julgar pelas três últimas cerimónias, só se espera um grande bocejo:
O Sr. Presidente da Câmara vai falar de tudo menos da cidade. Falará de política internacional, na crise e ainda de todos os idiotas, incompetentes e anormais que não concordam com o que ele diz.
O Sr. Presidente do Governo Regional, como convidado de honra, também passará ao lado das questões da capital da Região, falará eventualmente dos terroristas que põem acções populares e dos mártires que, apesar de não cumprirem as leis, criam postos de trabalho e ajudam a economia (mesmo que seja à custa de hipotecar um futuro sustentável).
No final, algum dos dois dirá que tudo o que está mal é culpa de Lisboa e tudo o que está bem é obra do PSDmadeira.

Por isso, não vale a pena perder um dia de praia.

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domingo, agosto 16, 2009

en formation

Dans le week-end ont n'a pas eu de blog parce que on était en formation de la Résistance. Ce groupe de 'maquis' prépare à libérer la ville de Funchal.

Cette lutte consiste en actions de renseignement, de sabotage ou des opérations militaires contre les troupes d'occupation. Mais elle englobe aussi des aspects plus civils et non-violents, ainsi l'existence d'une vaste presse clandestine, la diffusion de tracts, la production de faux papiers, l'organisation de grèves et de manifestations, la mise sur pied de multiples filières pour sauver les prisonniers de guerre évadés, les réfractaires et les hombres persécutés.

Vive la Liberté

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sexta-feira, agosto 14, 2009

férias


Com a história da crise, muita gente tem-se encolhido para tirar umas férias fora de casa. Outros voltam-se para destinos menos ambiciosos e vão ali à praia do lado, não porque apreciem mas porque não dá para mais.
Mas há outras hipóteses. Para pessoas menos conservadoras há a hipótese de trocar de casa por uma ou duas semanas com alguém noutra parte do planeta.
Li na Time deste mês que este é um fenómeno que já existe nos EUA desde 1953 com uma organização que se chamava Intervac. Mas agora, nos domínios da Internet, abrem-se milhares de possibilidades. Confesso que nunca experimentei, mas é uma coisa que faz todo o sentido. Um dia quem sabe...
Entretanto, para quem tropeçar neste blogue e quiser investigar pode ir por aqui www.homeexchange.com
Boa viagem

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quinta-feira, agosto 13, 2009

Ainda na jangada


Esta necessidade de ter dizer alguma coisa para a comunicação social é por vezes irritante.
Ao que parece, começaram para aí a dizer, começámos a sair da crise. Como se isso fosse possível. Os paradigmas continuam imutáveis, as reformas por fazer e os horizontes curtos como sempre.
Se continuamos a viver da mesma maneira como é que algum dia podemos ter a esperança de mudar?
Lá por ao longe se ter avistado um bocado de terra não significa que estejamos salvos.
E por cá continuaremos na jangada.

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quarta-feira, agosto 12, 2009

Estádio dos Barretes


começaram as obras de demolição do estádio dos barreiros.
vem aí mais um mega-estádio para uma cidade com menos de 150 mil habitantes.

as perguntas que se devem fazer:
-quantas vezes por ano encheu o estádio dos barreiros nos últimos dez anos?
-qual o impacte do futebol na economia regional, nomeadamente no incremento do turismo?
-onde estão os responsáveis políticos que tanto criticaram a construção de estádios no continente para o Euro?
-quanto é o erário público ficou a perder nestas trocas baldrocas.

terça-feira, agosto 11, 2009

Que pena...

Que pena que eu tenho deste mundo estar cheio de hipócritas...

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segunda-feira, agosto 10, 2009

Consciência

A reler os Mais apanhei esta do marquês de Souselas para o Craft, a propósito da falta de remorso de alguns elementos da sociedade.
Dizia ele que a consciência é uma questão de educação. Adquire-se como as boas maneiras, aprende-se como se aprende a não meter os dedos no nariz. Questão de educação... No resto da gente é apenas medo da cadeia, ou da bengala...

Ora, pergunto eu, se já ninguém usa bengala e se já quase ninguém tem medo da cadeia, se há até pessoas com responsabilidades públicas que gritam em praça pública que não cumprem as leis porque todos à sua volta são incompetentes, tontos, idiotas e outros adjectivos impróprios, será que temos que nos habituar a conviver com a gentalha que tira macacos do nariz em público?

domingo, agosto 09, 2009

mmm....

está a apetecer-me retomar a escrita neste blog.

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