terça-feira, agosto 18, 2009

o bocejo

Perguntaram-me há pouco se este ano iria estar presente nas cerimónias do dia da cidade do Funchal. Este ano não.

Para mim o dia da cidade devia servir para comemorar o passado e projectar o futuro. Nos discursos dos responsáveis políticos devia ser apresentada uma ideia para a Cidade, explanadas as estratégias e, eventualmente anunciadas algumas acções ou obras de relevância.

Mas os protagonistas vão ser os mesmos e, a julgar pelas três últimas cerimónias, só se espera um grande bocejo:
O Sr. Presidente da Câmara vai falar de tudo menos da cidade. Falará de política internacional, na crise e ainda de todos os idiotas, incompetentes e anormais que não concordam com o que ele diz.
O Sr. Presidente do Governo Regional, como convidado de honra, também passará ao lado das questões da capital da Região, falará eventualmente dos terroristas que põem acções populares e dos mártires que, apesar de não cumprirem as leis, criam postos de trabalho e ajudam a economia (mesmo que seja à custa de hipotecar um futuro sustentável).
No final, algum dos dois dirá que tudo o que está mal é culpa de Lisboa e tudo o que está bem é obra do PSDmadeira.

Por isso, não vale a pena perder um dia de praia.

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