quarta-feira, fevereiro 20, 2008

"imobiliário urbano"

Ontem dei uma entrevista a uma simpática jornalista do DNm. Perguntou a minha opinião sobre os contentores espalhado pela cidade, que vendem passes e bilhetes de transporte - "GIRO". É certo que sendo aquilo provisório (pelo menos foi assim apresentado na Câmara), não haverá grande motivo de preocupação apesar de serem pouco giros os contentores do GIRO. Mas o Diário preocupou-se. Acho bem. É uma forma de pressionar a Câmara que, de outra forma, provávelmente e à boa maneira portuguesa, poderia vir a confundir a palavra provisório com definitivo. "No reverso da medalha, Luís Vilhena está solidário com as críticas de alguns populares ao impacto visual dos postos de carregamento do cartão Giro. "No meio da cidade, só se admitem se forem provisórios", afirma o arquitecto, considerando que, ainda assim, "os contentores não apresentam uma imagem tratada e digna para estar num centro histórico, como é o Funchal". Luís Vilhena vai mais longe e diz mesmo que a proliferação de contentores no Funchal não é mais do que um reflexo do descuido da Câmara em relação ao imobiliário urbano. "Não há uma linha condutora delineada a longo prazo", critica, acrescentando que "é tudo feito pontualmente sem a harmonização de materiais".
(...)

Para a zona do Almirante Reis, onde estacionam os autocarros do Caniço, Bruno Pereira anuncia a reconversão do espaço e a criação de áreas ajardinadas. A CMF assevera ainda que a harmonização do imobiliário urbano não se vai ficar pelos bancos e pode incluir a reconversão dos quiosques mais tradicionais, por forma a padronizar os materiais utilizados nos equipamentos públicos da capital madeirense."
"Imobiliário Urbano" Uma gralha, pode ser, entrevistas pelo telefone, ok, interferências, talvez.
É por estas e por outras que na maior parte das vezes, antes, me oferecia para, após a redacção da entrevista, receber por e-mail a entrevista dos srs. jornalistas para verificar se não havia gralhas destas. O jargão utilizado pelos arquitectos, a complexidade dos temas como as questões do Ordenamento e outros factores, fazem com que, por vezes, apareçam erros deste género que transformam o texto.
Imobiliário urbano não quer dizer nada. Estou certo que Bruno Pereira também não utilizou tal definição. Não é grave. Mas não havia necessidade.

Lembro-me de outra entrevista, com uns cinco anos, em que eu dizia que era necessário desenvolver planos de grau inferior ao PDM. Mas a jornalista pôs que o que era preciso eram "planos de ângulo inferior"...

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