sábado, dezembro 15, 2007


A Madeira optou por um modelo de desenvolvimento que, tendo as suas virtudes num determinado tempo, hoje se revela estafado. Há indícios de um querer mudar as coisas no discurso do poder, correspondendo no entanto muito pouco à realidade. As contradições entre a prática e os discursos, entre a realidade e a propaganda, resultam de uma falta de planeamento substituída, não raras vezes, por decisões casuísticas tomadas “em cima do joelho”.

Há um exemplo flagrante que é dado pela campanha de divulgação do destino Madeira. Há dois anos atrás eram os grandes hotéis que apareciam nas imagens publicitárias. Hoje, depois de um estudo encomendado, são as paisagens quase incólumes da Madeira que ilustram a campanha. Porém, a política de desenvolvimento está ainda a milhas do que se quer vender. Podíamos dizer que era uma caso de publicidade enganosa.

Não.

Sei que há algumas mentes que pretendem reconstruir a paisagem madeirense porque sabem que essa sempre foi a sua mais-valia e porque é o seu grande capital na industria do turismo. Contudo a velha máquina do modelo de desenvolvimento que nos trouxe até aqui, não sabe como parar nem como dar a volta. No final, não projectou patamares de mudança que nos permitissem hoje estar a subir hoje outro lanço e chegar a outro estágio de desenvolvimento.

Quando é que se vai parar para pensar um pouco antes de agir?

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