sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Hoje há eleições

Hoje há eleições para os orgãos nacionais da Ordem dos Arquitectos.
No cumprimento do Acórdão proferido pelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, serão repetidas as eleições para os orgãos nacionais da Ordem.

3 listas concorrem:
Lista A - João Rodeia


Lista B - Luís Conceição


Lista C - Manuel Vicente



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A propósito das eleições e dos arquitectos um bom artigo saiu ontem no Público.


NO "Público" de Ontem, 28 DE FEVEREIRO

ONDE PARAM OS ARQUITECTOS PORTUGUESES?
Pedro Gadanho, arquitecto

"Agora que se repetem as eleições para a Direcção Nacional da Ordem dos Arquitectos, é porventura importante perguntar onde tem parado os arquitectos portugueses nos tempos mais recentes.
Quando há 10 minutos atrás se abateu o silêncio ensurdecedor sobre o facto do primeiro-ministro português assumir a autoria do que podem ser considerados crime estéticos e uma aberração cultural, pareceria lógico perguntar onde param os arquitectos portugueses.
Agora também urge perguntar onde eles param quando, numa espécie de projecção suicida das tendências vigentes entre a população portuguesa, é esperada uma participação de cerca de 15% nas eleições para a Ordem dos Arquitectos.
Falta de auto-estima da classe profissional? Falta de opções? Ou pura falta de interesse? Alguma coisa está certamente em falta.
Face a outras classes profissionais liberais que disputam árdua e publicamente aqueles que vão representar os seus destinos, os arquitectos portugueses espelham bem o estado corrente do país.
Não é de admirar que exista um absentismo absoluto. Com a explosão “democrática” dos cursos de arquitectura, os arquitectos deste país são hoje uma perfeita amostra demográfica do país que temos. E ainda bem.
Porém, o que é eventualmente mais grave é que, apesar da sua formação superior, os arquitectos podem, assim, estar a ecoar a cultura cívica – ou a crise social de que falava a Sedes – com que hoje contamos em Portugal.
Comecemos pela crise.
Não é de excluir a hipótese de que o absentismo eleitoral dos arquitectos se explica por razões bastante prosaicas. A maior parte dos arquitectos, nomeadamente os mais jovens e desfavorecidos da classe não votam porque... não pagaram as quotas!
E porque é que não pagaram as quotas? Porque estão desempregados ou porque são tão mal remunerados que tem naturalmente que remediar outras necessidades mais básicas. Interessante, não é?
Isto sugere imediatamente que, se estão verdadeiramente interessados na participação eleitoral, os candidatos aos órgãos nacionais da Ordem dos Arquitectos deviam acordar um pacto de regime súbito: uma amnistia – ou, ecoando a extraordinária flexibilidade legislativa portuguesa, uma alteração estatutária temporária – para permitir que todos votassem nestas eleições.
Adiante. Subsistem ainda algumas outras possibilidades para justificar o absentismo geral dos arquitectos.
Também é verdade que muitos dos 16.000 arquitectos a que me refiro estão no estrangeiro. Face a uma tendência autofágica da classe arquitectónica portuguesa – que também lembra outra coisa qualquer – muitos dos arquitectos recentemente formados decidiram, pura e simplesmente, emigrar.
Isto é, o investimento e a permissividade do Estado na formação superior desta classe traduz-se, como já acontecia com cientistas e outras especializações de ponta, em exportação de cérebros ou de mão de obra competente, enquanto por aqui nos vamos lamuriando de desordenamento do território. Interessante, não é?
Esta é, aliás, uma resposta à questão que dá título a este artigo que combina perfeitamente com o equívoco ético e estético que recentemente envolveu o engenheiro civil José Sócrates.
De facto, para quê pagar o custo dos serviços, dos recursos humanos e da competência técnica nas quais o Estado investiu os impostos dos contribuintes, se ainda há por aí uns chico-espertos que dão conta do recado e da paisagem?
Os chico-espertos – que às vezes até são arquitectos pois, afinal, eles também “andem aí...” – saem mais barato, têm uns contactos na Câmara local que “facilitam a coisa” e até foram os primeiros a perceber que mais vale fazer o gosto ao dedo do cliente, que isto não está para modas.
Mas, perguntar-se-á então, a arquitectura não estava na moda?
Depois da celebração e da celebridade de Siza Vieira e de Eduardo Souto Moura, os arquitectos não deveriam andar por aí felizes da vida?
Não adquiriram prestígio social e profissional?
Não obtiveram reconhecimento no “estrangeiro”?
Não tiveram, nos últimos 15 anos, maior exposição mediática interna do que médicos, advogados e engenheiros? Tendo eu realizado um doutoramento sobre a visibilidade da arquitectura em meios generalistas como o jornal O Público, posso assegurar que todas estas hipóteses são sustentadas e confirmadas por dados objectivos.
À excepção, claro, da parte da felicidade.
Curiosamente, em Portugal, a celebridade, a projecção e o prestígio não fertilizaram o campo. Deve ser uma característica endógena. Ou o facto de, apesar das aparências, sermos um país estruturalmente pobre.
As circunstâncias mudam e as conjunturas também e, depois de uma prolongada ascensão demográfica e mediática, os arquitectos portugueses parecem, de novo, ter desaparecido para parte incerta.
Apesar das campanhas do “direito à arquitectura” – já agora, algum não arquitecto ouviu falar disto? – os portugueses ainda não parecem estar dispostos a pagar a mais-valia do serviço arquitectónico.
Isto também justifica a ausência dos arquitectos.
E donde vem o problema? Será que os portugueses não valorizam ou não podem valorizar a sua qualidade de vida ao nível de outros países europeus? Será que não podem, pura e simplesmente, pagar os serviços de um arquitecto preferindo assim entregar-se assim às competências dos chico-espertos?
Será que têm de facto a sua própria cultura de gosto e preferem decidir por si? Ou será que a tabela de honorários dos arquitectos é desadequada à realidade do país? Ou serão as regras de mercado que estão a distorcer a oferta e a procura? Ou acontecerá, afinal, simplesmente, que os arquitectos deviam ser pagos por área a edificar e respectivo preço médio oficial de construção em vez de auferir em remunerações que flutuam com o preço final de obra – assim se acabando com muitos jogos de bastidores que prejudicam clientes e destinatários e assim se esvaziando também as distorções deontológicas que fazem com que seja um contrasenso económico para o arquitecto invistir tempo e recursos na redução de custos de obra do seu cliente?
Das mais gerais às mais prosaicas, estas, como muitas outras, são questões que justificam uma tomada de consciência e de posição dos arquitectos e dos seus legítimos representantes face à imagem que projectam de si próprios enquanto classe profissional.
Dado o contexto particular da nossa auto-proclamada “West Coast,” talvez os portugueses ainda não tenham percebido, de facto, qual o papel que a arquitectura pode desempenhar no seu dia-a-dia e na sua qualidade de vida colectiva.
Afinal, a maioria dos portugueses só sabem de longe da vã gloria dos centros culturais desenhados por arquitectos de “qualidade arquitectónica reconhecida” que, entretanto, tem as suas portas encerradas por faltas de verbas, programas e atractivos. E alguns mais iluminados só sabem que se tiverem dinheiro para investir em condomínios privados de luxo é bom que haja um “arquitecto de renome” envolvido.
Visto que assim já sabemos onde param os portugueses, onde param, entretanto, os arquitectos portugueses?
Onde param os candidatos a estas eleições da Ordem dos Arquitectos, esses que devíamos estar a ver e ouvir nos media de massa a exporem os seus programas, as suas opiniões públicas, as suas posições, as suas diferenças, as suas reflexões e proposições sobre o estado da prática da arquitectura em Portugal?
Onde param, neste preciso momento, as luminárias da arquitectura portuguesa, essas que prometeram mais intervenção crítica e social?
Onde param os críticos de arquitectura e os formadores de opinião, esses que, neste preciso momento, deviam estar a contrapor visões e perspectivas sobre o que precisa de mudar nos consensos excessivos em torno das vias únicas que actualmente caracterizam a arquitectura portuguesa?
E, para além dos emigrados, dos desenrascas e dos dignos representantes da geração rasca, onde param esses “ “jovens arquitectos” que constituem a maior parte dos arquitectos inscritos na Ordem e que agora se remetem, como é sua condição geracional mais vasta, a um silêncio comprometido com o status quo?
Por este andar, onde vão parar os arquitectos portugueses?"

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Derrapagens

Ontem saiu mais um artigo de opinião no DNm.
A propósito das derrapagens das contas das empreitadas públicas.
Sobre o assunto ainda cá voltarei.
Entretanto pode ser lido e comentado aqui:

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Estatisticamente...

Hoje o Director da RTP-Madeira vai ao parlamento regional. O DNm aparece com a capa, uma reportagem e um artigo de opinião sobre o assunto. Isto é, não tanto sobre a ida ao parlamento de Leonel Freitas mas sobre o possível fracasso da oposição nas críticas que tem feito à qualidade do serviço público que RTPm tem prestado. Esse anunciado flop é fundamentado num estudo que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social deverá tornar público em Março. Ao que parece o referido estudo apresenta estatísticas onde os partidos da oposição aparecem mais vezes do que o poder instituído, regional, autárquico ou partidário. A reportagem apresenta vários números, o título da capa conclui que a RTPm favorece a oposição e o artigo de opinião diz que a oposição se prepara para dar um tiro no pé.
Mas será que alguém acredita que o caso deve ser tratado com contas de merceeiro? Saber se A tem mais tempo de antena que B não conclui obrigatoriamente que o A teve mais protagonismo. Há muitos truques para virar os resultados ao contrário.
A propósito de truques, ainda há bem pouco tempo escrevi um post sobre o tempo dos “Comunicados Oficiais”. Nessa altura bem podia o telejornal ser todo preenchido com tempo de antena com críticas ao Governo se no final aparecesse um "Comunicado Oficial" a desmentir. Muitos truques existem, por isso não venham cá com estatísticas, por favor.

Esperemos que esse dossier que vai sair em Março não ligue só às estatísticas. Cá estaremos para ver.

Já agora, parabéns ao DNm pela oportunidade desta reportagem.

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Good Moooorning

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

ganda espertalhaço...

chegou-me esta anedota por mail...

Um autarca queria construir uma ponte e chamou três engenheiros:

Um alemão, um americano e um português.

- Faço por 3 milhões - disse o alemão :
- Um pela mão-de-obra,
- Um pelo material e
- Um para meu lucro.

- Faço por 6 milhões - propôs o americano :
- Dois pela mão-de-obra,
- Dois pelo material e
- Dois para mim.
- Mas o serviço é de primeira.

- Faço por 9 milhões - disse o português.

- Nove?!? - Espantou-se o presidente:
- É demais!!! Por quê?!?

- Três para mim,
- Três para si,
- E três para o alemão fazer a obra...

- Feito !!!

João de Sousa



O João era um amigo. Deixou-nos ontem. Com saudades minhas e de muitos que se habituaram a vê-lo como parte da alma do Clube de Golfe do Santo da Serra. O João era um homem bom e, ainda por cima, conseguiu curar o meu "slice" crónico. Obrigado João, pela amizade.
Ele foi também o professor de várias gerações de miúdos que ali têm passado apredendo a jogar golfe e a crescer.
Grande João. Saudades.

domingo, fevereiro 24, 2008

RTP-madeira



A propósito, lembrei-me. Quando cheguei à Madeira, em 1989, resisti 6 meses sem televisão. Lia. Saudades.
Depois, sabendo que um amigo que ia deitar a sua velha a preto e branco no lixo, resgatei-a.
Como é sabido só existia RTP-m
Já não me lembro muito bem que programas via na altura. Só recordo uma coisa. Nos telejornais aparecia, uma vez ou outra, a voz da oposição. Não raras vezes, no final das notícias, aparecia um um texto branco sobre fundo preto, que rolava no écran e era lido ao mesmo tempo em "voz off". Os textos eram Comunicados Oficiais do Governo Regional que desmentiam as notícias e posições assumidas pela oposição, muitas vezes aquelas que tinham sido expressas no mesmo noticiário.

Há coisas que estão entranhadas e é muito difícil mudarem... para mal da Madeira.

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Igualdade

- Então ó Carapuço, como é te sentes depois do 25 de Abril? Agora a coisa é bestial, não é?
- Então não é , senhor Engenheiro? Com licença de V. Exª e salvo o devido respeito, agora somos todos iguais.

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sexta-feira, fevereiro 22, 2008

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Inde, quê?

Pendente?


quinta-feira


sexta-feira

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

P.D.M.

Na Reunião nº 39 de 2007 da Câmara Municipal do Funchal, a 8 de Novembro de 2007, apresentei um documento em nome dos Vereadores do PS que pretendia suprimir uma falta grave no Relatório de Avaliação da Execução do PDM, elaborado pela Câmara no decurso do processo de Revisão do PDM.

Tendo em consideração que o referido Relatório vai pouco além de uma compilação de dados geográficos, demográficos e económicos e não contempla o essencial que, como o próprio título do documento indica, devia avaliar a forma como o PDM foi executado ao longo do seu período de vigência, nomeadamente na sua vertente urbanística, os vereadores do PS submeteram à votação um DOCUMENTO, tendo como objectivo servir de base a um trabalho elaborado pelos Serviços Técnicos da Câmara, para ser anexado ao Relatório já produzido.

Como era de esperar, a proposta foi inviabilizada com os votos contra dos vereadores do PSD, apesar do voto favorável da CDU e com a ausência do Sr. Presidente Câmara e também do Sr. Vereador do CDS.

E era de esperar porque, o DOCUMENTO que entregámos, que devia estar disponibilizado no site da Câmara como indica a acta, aponta uma série de casos de incumprimento do PDM.

Se estes casos fossem pontuais, como é o caso daqueles 11 que, segundo o DNm, o Ministério Público vai levar ao Tribunal Administrativo, ainda podíamos dar de barato, mesmo constituindo faltas graves no âmbito do Ordenamento do Território. O pior é que muitas delas são acções continuadas de prevaricações contra a Lei e revelam muito bem a forma como o Concelho tem sido gerido ao longo da vigência do PDM. Fora da Lei.

Hoje anuncia-se no DNm que, decorrente da sindicância da Tutela à CMF, 11 processos administrativos que o MP vai levar ao TAFF.

Demolições? Penso que não. Houve já várias oportunidades para a Câmara meter ordem nas coisas demolindo obras embargadas que não cumprem os projectos licenciados mas nunca o fez. Não será agora o Tribunal que o vai fazer em obras já mais do que acabadas, quando há pessoas, que não têm culpa nenhuma do caso, a viver nesses sítios.

Por outro lado, há casos que são apontados na auditoria que têm um ou dois pisos a mais que o PDM permite. Mas esses edifícios estão inseridos em zonas, em que não haverá nenhum que tenha cumprido o PDM; ou entretanto já foram “legalizados com planos de urbanização ou projectos urbanos; ou as alterações ao PDM já trataram de as enquadrar.

A grande questão não é saber como é que vão tratar os produtos da má gestão urbanística. A questão é saber o que é que acontece aos responsáveis por tal.

A ver vamos.


notas: não encontrei no site da Câmara, nem o Relatório de Avaliação de Execução do PDM, nem o documento que entregámos e que devia estar como anexo A, da acta nº 39 de 2007.

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quarta-feira, fevereiro 20, 2008

...

A palermice continua a lavrar infrene País fora.
E na Região também.
Nesta cidade, certos chicos-espertos não perdem a oportunidade de aparecer, aliviando-se das baboseiras do costume a propósito e a despropósito das coisas mais mesquinhas.Os delírios são sempre os mesmos.
As pesporrências parvas repetitivas.
As arengas por demais conhecidas.
Tudo vale para aparecer.
E o extraordinário, no meio disto tudo, é que ainda há gente que leva a sério estes galos à procura de poleiro.
Miguel Albuquerque
O Costume

hoje, no Jornal da Madeira

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Afinal não...

no Público de hoje, pág 2:

O "Líder Máximo" começou ontem a despedir-se. Abandona a chefia do Estado mas não abdica do poder. Quer pilotar a sua sucessão e o início de um perigoso processo de transição
(...)
"Não me despeço de vós. Desejo apenas combater como um soldado das ideias." Deixa o Governo, não o poder.
Fidel, de 81 anos, não renuncia, pelo menos imediatamente, ao cargo de secretário-geral do Partido Comunista, a sede real do poder. Deu a entender que deseja preparar e supervisionar a fase de transição que inevitavelmente se abre. Tão ou mais importante do que o nome do sucessor será entender o papel que deseja desempenhar nos seus derradeiros dias.
(...)
Na sua carta aos cubanos, publicada na edição on-line do diário oficial Granma, há duas passagens particularmente importantes. "Preparar [o povo cubano] para a minha ausência, psicológica e politicamente, era a minha primeira obrigação depois de tantos anos de luta. (...) O meu desejo sempre foi cumprir o meu dever até ao último alento. É o que posso oferecer."
(...)
O Parlamento (Assembleia Nacional do Poder Popular) reunir-se-á no domingo para eleger o Conselho de Estado, o supremo órgão político. Admite-se que possa também decretar uma larga amnistia para presos políticos.
Ninguém crê numa abertura política rápida, pelo contrário. As prioridades das reformas referidas desde Julho por Raúl Castro incidem na economia e na melhoria do nível de vida da população, não em liberdades políticas. Os cubanos exprimem cada vez mais abertamente o seu descontentamento. A direcção castrista aprecia o modelo autoritário chinês. O seu fantasma é a perestroika de Gorbatchov.
Enfim, Fidel começou ontem a despedir-se, abrindo um inelutável processo da transição, que nunca se sabe onde pode levar.

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Agora?

Já agora, aguentava mais um mesito ou dois.

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ainda mais?

Faço projectos, planos, planificações;
Sou membro de assembleias, conselhos, reuniões;
Escrevo actas, relatórios e relações;
Faço inventários, requerimentos e requisições;
Escrevo actas, faço contactos e comunicações;
Consulto ordens de serviço, circulares, normativos e legislações;
Preencho impressos, grelhas, fichas e observações;
Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos, planificações;
Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e encadernações;
Participo em actividades, eventos, festividades e acções;
Faço balanços, balancetes e tiro conclusões;
Apresento, relato, critico e envolvo-me em auto-avaliações;
Defino estratégias, critérios, objectivos e consecuções;
Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas redacções;
Informo-me, investigo, estudo, frequento formações;
Redijo ordens, participações e autorizações;
Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;
E mais actas, planos, projectos e avaliações;
E reuniões e reuniões e mais reuniões!...

E depois ouço,
alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores,
observadores, secretários de estado, a ministra
e, como se não bastasse, outros professores,
e a ministra!...

Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;
Assino, rubrico, sumario, sintetizo, informo;
Averiguo, estudo, consulto, concluo,
Coisas curriculares, disciplinares, departamentais,
Educativas, pedagógicas, comportamentais,
De comunidade, de grupo, de turma, individuais,
Particulares, sigilosas, públicas, gerais,
Internas, externas, locais, nacionais,
Anuais, mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?

- Querem que eu dê aulas!?...

......................................

encontrei aqui e gostei

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"imobiliário urbano"

Ontem dei uma entrevista a uma simpática jornalista do DNm. Perguntou a minha opinião sobre os contentores espalhado pela cidade, que vendem passes e bilhetes de transporte - "GIRO". É certo que sendo aquilo provisório (pelo menos foi assim apresentado na Câmara), não haverá grande motivo de preocupação apesar de serem pouco giros os contentores do GIRO. Mas o Diário preocupou-se. Acho bem. É uma forma de pressionar a Câmara que, de outra forma, provávelmente e à boa maneira portuguesa, poderia vir a confundir a palavra provisório com definitivo. "No reverso da medalha, Luís Vilhena está solidário com as críticas de alguns populares ao impacto visual dos postos de carregamento do cartão Giro. "No meio da cidade, só se admitem se forem provisórios", afirma o arquitecto, considerando que, ainda assim, "os contentores não apresentam uma imagem tratada e digna para estar num centro histórico, como é o Funchal". Luís Vilhena vai mais longe e diz mesmo que a proliferação de contentores no Funchal não é mais do que um reflexo do descuido da Câmara em relação ao imobiliário urbano. "Não há uma linha condutora delineada a longo prazo", critica, acrescentando que "é tudo feito pontualmente sem a harmonização de materiais".
(...)

Para a zona do Almirante Reis, onde estacionam os autocarros do Caniço, Bruno Pereira anuncia a reconversão do espaço e a criação de áreas ajardinadas. A CMF assevera ainda que a harmonização do imobiliário urbano não se vai ficar pelos bancos e pode incluir a reconversão dos quiosques mais tradicionais, por forma a padronizar os materiais utilizados nos equipamentos públicos da capital madeirense."
"Imobiliário Urbano" Uma gralha, pode ser, entrevistas pelo telefone, ok, interferências, talvez.
É por estas e por outras que na maior parte das vezes, antes, me oferecia para, após a redacção da entrevista, receber por e-mail a entrevista dos srs. jornalistas para verificar se não havia gralhas destas. O jargão utilizado pelos arquitectos, a complexidade dos temas como as questões do Ordenamento e outros factores, fazem com que, por vezes, apareçam erros deste género que transformam o texto.
Imobiliário urbano não quer dizer nada. Estou certo que Bruno Pereira também não utilizou tal definição. Não é grave. Mas não havia necessidade.

Lembro-me de outra entrevista, com uns cinco anos, em que eu dizia que era necessário desenvolver planos de grau inferior ao PDM. Mas a jornalista pôs que o que era preciso eram "planos de ângulo inferior"...

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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Uns e Outros

O próximo programa "Uns e Outros", na RTPmadeira, pretensamente um programa equiparado aos "Prós e Contras" onde se debatem temas sociais, depois de debater a qualidade de vida na cidade há 15 dias, vai esta semana abordar o tema da terceira idade.
Está bem.
Mas pergunto, não era oportuno num tempo em que se vai rever 11 PDM's na Região, em está mais do que desactualizado o Plano de Ordenamento do Território (POTRAM), em que a capital da Região, o Funchal, comemora 500 anos, não era oportuno um programa (de preferência mais do que um) onde se debatesse o futuro do Ordenamento do Território da Madeira, do que se quer para a cidade e de outras coisas que preocupam os cidadãos?

Mas afinal anda tudo a dormir, ou foram anestesiados?

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Vontade Indómita

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segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Derrapagens, mais do que conhecidas

Não queria deixar passar esta sem a sublinhar. Voltarei aqui outra vez.
Da notícia este excerto:
A falta de qualidade dos projectos, as alterações introduzidas pelo dono da obra com trabalhos no terreno, o mau planeamento da execução e as deficiências na fiscalização são, para as associações do sector da construção e para Ordem dos Engenheiros, as principais causas das derrapagens, problemas que, afirmam, não são resolvidos com a nova legislação.
Porém, julgo, há interesses obscuros nestas derrapagens. Ou não há? É que senão já se tinha resolvido o problema. A começar por exemplo por uma atitude diferente, mais responsável e exemplar do próprio Estado.

ver a propósito:
Antes e depois do código

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Prós e Contras


Está a dar os Prós e Contras na RTP1 com a Fátima Campos Ferreira. Hoje o titulo do programa é: "A Terceira Travessia" (do Tejo) Um aeroporto!
Uma nova ponte!
O impacto na indústria…
Na especulação imobiliária…
Nas sociedades…
No território…
Na economia…
A importância para o país e para a região!
Antes da decisão do LNEC, o maior debate da televisão portuguesa questiona autarquias, indústrias, serviços e populações.
A terceira travessia do Tejo.


A propósito disto, na primeira e segunda parte falou-se de problemas ligados ao Ordenamento do Território.

A propósito da jornalista "Pivot", devo dizer que, assistindo a alguns destes programas, quando o tema me interessa, tenho apreciado genéricamente a forma como tem conduzido os debates.
Porém, hoje, estando mais por dentro deste tema do que de outros, tive a sensação que provávelmente outros individuos mais informados nos outros temas terão tido: esta mulher não percebe nada do que diz nem do que está a perguntar.
Só para dar um exemplo: antes de acabar a segunda parte virou-se para o homem da Mota Engil e disse (a propósito dos problemas decorrentes do desordenamento urbanístico) "Pois, os senhores é que têm cupla disto tudo".
Assim não....

No programa, apesar de haver um arquitecto, Manuel Salgado (que infelizmente lhe calharam umas perguntas estúpidas como - "porque é que o túnel do Campo Grande está sempre entupido") houve apenas dois interlocutores que me interessaram ouvir (até agora): Fonseca Ferreira e Augusto Mateus.
Este último disse uma coisa muito importante que os senhores governantes deviam ter em atenção antes de decidirem construir infraestruturas e mais infraestruturas ou a continuarem a abrir frentes de construção nas Zonas Altas do Funchal: uma obra qualquer devia contar com mais entre 8 a 10% por ano do seu custo, só para a sua manutenção.
Pois é.

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E Deus criou a mulher

tirada de

Este blogue que atingiu 1.500.000 visitas em 4 anos, mudou este site de olhar e chorar por mais, para o sapo.
1.500.000 visitas. Podeis contar sempre com a minha. Parabéns

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A matéria das palavras

Estamos aqui. Interrogamos símbolos persistentes.
É a hora do infinito desacerto-acerto.

O vulto da nossa singularidade viaja por palavras
matéria insensível de um poder esquivo.

Confissões discordantes pavimentam a nossa hesitação.
Há uma embriaguês de luto em nossos actos-chaves.

Aspiramos à alta liberdade
um bem sempre suspenso que nos crucifica.

Cheios de ávidas esperanças sobrevoamos
e depois mergulhamos nessa outra esfera imaginária.

Com arriscada atenção aspiramos à ditosa notícia de uma
perfeição
especialista em fracassos.

Estrangeiros sempre
agudamente colhemos os frutos discordantes.

Ana Hatherly

O Pavão Negro

Assírio & Alvim
2003

pois...

às vezes começo a pensar se não é melhor fazer como o outro...
às vezes apetece de facto fazer uma lobotomia,
deixar de ser um e passar a ser outro,

falar dos passarinhos ...

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domingo, fevereiro 17, 2008

Esperemos que não....



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Nossa Senhora do Amparo rogai por eles pecadores


Ver mapa maior
Hoje (sábado), Marta Caires, no DNm escreveu sobre o atraso que tem levado a entrada em vigor no Plano de Urbanização do Amparo. Pois já vamos em quase dez anos desde da primeira iniciativa de pôr este Plano a "andar". Na altura, a área original do Plano, menor que a actual, era quase toda preenchida por bananais. Mas por muitas e variadas razões o Plano foi sempre protelado após o urbanista a quem foi encomendado o Plano, ter desenvolvido um estudo prévio. No entanto, com base nesse estudo prévio, foram construídos variados empreendimentos.
Faltou dizer no artigo de Marta Caires que todos, repito TODOS os empreendimentos que obtiveram o licenciamento municipal após a entrada em vigor do PDM (1997) violam o PDM.
Basta ler o ponto 4 do artº 13º do PDM para perceber que há algumas zonas que fazem depender a edificação da existência de planos de pormenor ou urbanização e que, não havendo esses planos, serão aplicadas as Regras Supletivas artº 21º, ou então, não exigindo regras supletivas, os índices constantes nessas zonas serão limitados a 70%. O que aconteceu foi que no início da entrada em vigor do PDM foram dados condicionamentos nesse sentido, mas poucos anos mais tarde, a Câmara parece ter-se “esquecido” e há exemplos notórios em como nada disto foi cumprido como é o caso da Zona Mista Habitacional e Terciária do Amparo/Piornais/Ajuda/S. Martinho, em que os índices de construção não só não foram restritos a 70% como alguns até ultrapassaram o índice bruto máximo permitido de 1,5 e mesmo o número de pisos regulamentar.

sábado, fevereiro 16, 2008

O Sócrates quê?


Os jornalistas sabem cada coisa....

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Mobilidade de Violante Saramago Matos



Gostei do artigo da Violante que hoje é publicado no DNm.

Para tomar tais decisões de fundo era preciso parar, pensar, decidir e projectar, o que se tem revelado uma prática pouco comum a julgar pelas decisões que se têm tomado no domínio do ordenamento do território nesta Região.

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emprego desemprego

O post do Carlos Pereira fez-me lembrar o ano de 2004, em que a Madeira esteve transformada num estaleiro com obras por todo o lado. Foi preciso virem trabalhadores de fora, trabalhava-se em turnos que às vezes iam às 24 horas, o valor das empreitadas era altissimo e muitas das obras públicas com projectos feitos à pressa e derrapagens sobre o preço incial ás vezes na ordem dos 30%. Bem sei que foi em vésperas de eleições regionais. Mas havia necessidade? Será que o PSD não ganhava na mesma as eleições?
Ainda ninguém me explicou se aquelas obras dos túneis, vias rápidas e obras das SD's tinham prazos a cumprir que não os eleitorais.
Não sendo eu economista, o que me parece razoável é que em vez de concentrar aquele investimento todo num ou dois anos teria sido melhor para a sutentabilidade do sistema, dilui-lo por mais anos. Já não falando nos euros que se tinham poupado em trabalhos a mais. Ah! pois mas isso podia não ser da conveniência de alguns... já me tinha esquecido.

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Alguém ainda se lembra?

Em 1994, Lisboa foi Capital Europeia da Cultura. Além do ano recheado de produções no domínio da Cultura, Lisboa 94 deixou marcas numa cidade criando novos públicos e semeando as culturas que hoje fazem de Lisboa uma cidade com razoável oferta nesse campo. Só assim fez sentido.

Alguém se lembra da
?

O que é que deixou aquela shopping list de espectáculos?
Será que as comemorações dos 500 anos do Funchal, vão deixar mais alguma coisa?

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Body Mind Madeira

Body Mind Madeira é o nome da última campanha de Turismo com o destino Madeira. Já terá uns 3 anos e é tema de um post do Box-M da autoria de Roberto Xavier. Ao que parece começam a aparecer os primeiros resultados desta campanha, pelo menos em Espanha - 37% de aumento de ano para ano de turistas espanhóis. Muito bom.
Ainda assim tenho muitas reservas sobre esta campanha que, de alguma forma, acho que se trata de publicidade enganosa.
Se bem se lembram até há uns 4 anos, em vez do cartaz que vemos em cima, era divulgado um que tinha uma foto parecida com a que está abaixo.
Em boa verdade, esta onde se mostra uma parte da zona turística banhada de sol e com o mar por perto, está mais próxima do modelo de desenvolvimento que foi escolhido para a Madeira. Este modelo, mais ou menos copiado do que se fazia por terras do Algarve e na vizinha Espanha, assentava numa oferta ao turismo massificado que procurava uma semana a aboborar num qualquer hotel com piscina e um solário perto dum bar com cocktails tropicais.
Este modelo induziu um desenvolvimento que, desacompanhado dum efectivo ordenamento urbanístico, nos conduziu ao estado em que nos encontramos agora: uma paisagem urbana descaracterizada por construções fora da escala consolidada, uma paisagem rural que alterna entre uma Costa Norte ainda preservada na sua inegável beleza e uma Costa Sul destruida pela urbanização descontrolada e desqualificada e, infelizmente, um património madeirense que aos poucos se desvanece.

A nova campanha revela dois aspectos interessantes: em primeiro lugar renega e esconde os resultados do modelo de desenvolvimento implementado, por outro só apresenta, ou pelo menos só sublinha, os encantos naturais da ilha.

Quanto ao primeiro aspecto acho perigoso apresentar uma campanha que revele apenas um lado do produto. Um turista que aqui venha parar, trazido pelas imagens de levadas, da floresta laurisilva e das escarpas dramáticas da Costa Norte em dias de sol, pode sentir-se ludribiado quando encaminhado ao cabo Girão ter de passar pelo descalabro de casas assinadas por colegas do eng. José Sócrates, quando fizer a levada dos Piornais ver os montes de lixo despejados à sua beira, ou antes de chegar à deslumbrante levada do Caldeirão Verde ter de suportar a poluição visual composta por uma série de pardieiros.

Quanto a segundo aspecto acho pena que se sublinhe apenas os valores naturais e ainda preservados da ilha. O destino da Madeira é muito mais que isso. Felizmente. O turista que vem à Madeira, além de poder usufruir daquelas paisagens fantásticas tem a vantagem de estarem a cerca de uma hora duma cidade como o Funchal podendo usufruir de uma vida relativamente cosmopolita. O clima e o mar acessivel de muitos hotéis ou lugares públicos serão também um factor atractivo que não se pode desprezar mesmo quando alguns desses sítios não primam por um encanto especial.

Para além dos defeitos que encontro nesta campanha é notório que a política de desenvolvimento do território tem estado desfazada do destino que agora se quer vender.
Poderia até ter acontecido que, o princípio desta campanha iniciada no mandato de João Carlos Abreu, estivesse em sintonia com uma nova politica de ordenamento do território.

Infelizmente tudo indica que não....

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quarta-feira, fevereiro 13, 2008

pequeno baú com grandes tesouros

Descobri esta página.
De autor desconhecido, ao que parece arquitecto que faz trabalhos de "freelancer", para outros gabinetes. Será? Não sei, mas também não interessa para o caso.
O caso é que ali vêm várias perspectivas, montagens e desenhos, de alguns projectos que estão na calha para serem construidos no Funchal.
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Não fica aqui posta em causa a qualidade dos trabalhos gráficos nem dos projectos de arquitectura, bem entendido.
Trata-se apenas de questionar as opções urbanisticas que permitem, ou permitirão, tais intervenções arquitectónicas.
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O Plano de Urbanização do Infante, como toda a gente sabe, ainda não foi aprovado. Mas o projecto do Savoy já está pronto para dar de empreitada amanhã, se pudesse ser. Isto é se o PU já estivesse em vigor.
Neste site existem várias imagens, de vários estudos concerteza, com vários estilos. Mas há uma coisa que se mantém, a volumetria. Essa parece já estar determinada há muito tempo.

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Candidatura do Funchal a Património, de quê?

No Farpas, Cláudio Torres escreve sobre a proposta que o PCP-M apresentou na ALM. Aliás, Artur Andrade já o tinha feito numa Reunião de Câmara.
No entanto não percebi bem o final do post.
Então, candidatar o Centro Histórico(?) será uma "atitude acertada" se o mais provável era a UNESCO não a aceitar?
mmm....

Eu acho que o Funchal teve condições para, há 15 anos atrás, começar a trabalhar para qualquer coisa do género. Para que isso agora pudesse acontecer era preciso que não se tivessem construido, Oudinots, Anadias, Funchais Centruns, Pátios do Carmo, etc etc, que destruiram um dos valores principais do Funchal que é a sua escala; era preciso que as quintas fossem preservadas no seu carácter em vez de construir Quintas das Vistas e Hoteis do Lago; era preciso uma real política de apoio à conservação do Património Arquitectónico. Enfim era preciso uma ideia forte de valorização do Centro Histórico, que os responsáveis políticos tivessem acreditado na ideia e que houvesse convicção na sua concretização.
Agora é tarde e "Inês jaz morta", ou pelo menos moribunda.
Julgo que antes de se poder apresentar qualquer proposta do género (à UNESCO), é preciso saber o que é que se está a propôr e que se tenha orgulho de um trabalho sobre o Património bem feito.
Caso contrário, é pura demagogia.

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terça-feira, fevereiro 12, 2008

Lá como cá

O tema das municipais em França parece ser o mesmo que anda por cá: corruption
A ver por aqui, destacando este comentário:

«La "moralisation de la vie politique" est presque utopique, il est difficile d'en établir un cadre légal. Par contre la corruption est bien encadrée. Donc avant d'essayer de moraliser la vie politique, donnons aux forces de police les moyens technique et législatifs de faire correctement leur travail... En gros arrêtons de banaliser et d'accepter la corruption. Que les politiques verveux aillent en taule pour leurs fautes, au même titre que les simples citoyens n'y échappent pas pour les leurs...»

Ver mais aqui

Este gajo não tem cure

Robert Smith e o seu grupo The Cure no concerto de Estocolmo, 9 de Fevereiro de 2008.
foto retirada do 20minutes.

Sem rede

Governo quer transferir a gestão da Rede Ecológica Nacional para as autarquias.
Ou a lei tem ABS ou então isto vai derrapar ainda mais.

Já se viu o que é que 35 anos de gestão do território nas mãos dos autárcas fizeram da paisagem, das cidades e do património arquitectónico deste Portugal. Cheira-me que vai ser um fartar de vilanagem.

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INdies

Ainda não percebi bem esta coisa dos dependentes que querem ser independentes mas continuam nos partidos que os fizeram eleger.
Não percebo também os partidos que mantém estes indies nas suas fileiras e sem os expulsarem.

Tanto quanto eu percebi essa coisa de pertencer a um partido exige que haja alguma disciplina, senão os partidos não funcionam. Até porque há eleições dentro dos partidos para eleger os seus lideres, não é?

Acho de uma falta de ética descomunal um individuo que alinhou numa lista de um partido, sair desse partido continuando no lugar para o qual foi eleito pelo partido.

Não percebo também aqueles que fazem uma oposição paralela para dentro e para fora do seu partido...
Alguém arranja uma bússola a esta gente?

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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Ser ou não ser, eis a questão



Ao que parece, agora é o expresso a pegar na deixa do Óscar quando largou aquela de que o complexo do Casino park não era de sua autoria.
Ora toda a gente sabe que o Casino Park tem desenho de Niemeyer e projecto de Viana de Lima. Não há mal nenhum nisso e a obra não deixa de ser uma boa obra.
Nem Viana de Lima teria feito aquela obra sózinho sem os esboços ou as cartas trocadas com Niemeyer, nem Niemeyer teria ido ao detalhe que foi Viana de Lima e Daciano da Costa.
A obra é boa e uma boa obra vai além do nome dos seus autores.

Mas... alguém sabe quem é que foi o autor da última remodelação? Não.
Não, porque os actuais donos, em vez de terem a mesma atitude que teve o dono original, Barreto, que foi buscar o melhor da altura para fazer o grande projecto, foram buscar um anónimo, competente no seu métier, está bem, mas sem a chama que teria merecido aquela obra.

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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Falta de paciência (humor)

Pronto... porque eu não tenho piada nem o senhor paciência, porque ambos não gostamos de porcarias, vou ter que o "largar da mão".

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Escárnio e Maldizer

Escárnio e mal-dizer, está bem, se for com graça e bem escrito ainda melhor. Mas.... aldrabices é que não. Diz este bloguer anónimo que eu estou inserido num projecto de candidatura independente para a Câmara em 2009. Informação tão secreta que nem eu sabia. Muitos parabéns.

Nota: Tomei conhecimento deste blogue através do ressuscitado Ultraperiferias. LFM diz que é "um blog na Madeira dedicado a temas políticos que parecem interessantes e de autoria de pessoas que sabem do que falam." Não deixa de ser interessante de observar como é que LFM, após apenas 3 posts de um blogue anónimo já sabe que o blog tem temas interessantes e que os seus autores são pessoas que sabem do que falam. Das duas uma, ou LFM conhece o autor ou

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quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Portagens para entrar no Funchal ?!?!?!

Bruno Pereira acabou de dizer que um dia poderiamos ser obrigados a pagar para entrar de carro no Funchal.
Isto não deixa de ter graça. Há dois anos atrás, inserido na campanha autárquica, eu disse exactamente o mesmo: sem defender a solução, disse que, continuando a mesma política de mobilidade que se tem usado até hoje (tudo ao molho e fé em deus), poderiamos chegar a uma situação que, à semelhança do que aconteceu com o parqueamento ao longo dos passeios (parquímetros) poderiamos ter que optar por fazer cobrar uma taxa para entrar no Centro com automóvel de forma a desencentivar o tráfego e o consequentemente congestionamento.
Na altura cheguei a ser gozado por ter dito tal "barbaridade". Os actuais responsáveis pela Câmara, com o Dr. Bruno Pereira, aproveitaram demagogicamente a deixa e deitaram abaixo.
Agora já não fica mal dizer o mesmo.... Bonito, não?

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quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Uns e outros...

Está no intervalo do programa "Uns e Outros" que passa na RTP Madeira. Comecei a ver a meio este programa que, destinado a discutir temas pela sociedade civil, fala hoje sobre a "Qualidade de vida na cidade", mais especificamente no Funchal, que afinal é a única cidade que a Madeira tem.
O Programa tem vários convidados: O Vice-Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Dr. Bruno Pereira, Dr. Helder Spínola, representante das organizações ambientalistas, Dra Isabel Sena Lino vereadora do PS na Câmara Municipal do Funchal, Dr. Alipio dos Horários do Funchal e outros, entre eles também o Sr. Arquitecto Duarte Câmara, representante dele próprio.
Numa discussão destas não posso acreditar que não tenham convidado um representante da Ordem dos Arquitectos aqui na Madeira.
Será que o arquitecto Elias Homem de Gouveia não foi convidado?
mmm....

Uma coisa é certa, em dois anos que estive como vereador da Câmara do Funchal, nunca foi feito algum programa sobre a cidade...
Ainda fui convidado para um com o eng. João Rodrigues... mas foi desconvocado.

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Parabéns

Aleluia. Vale mais tarde que nunca.
De facto, ninguém percebia muito bem o objectivo daquela última página desde que o DNmadeira mudou a sua imagem.

Agora sim. O óbvio e o bom senso, que na maior parte das vezes é o que funciona: Uma última página com o resumo das notícias.
Dum lado a opção Desporto na última página
do outro a página de hoje, limpinha e informativa, que é para isso que compramos os jornais.
Nem hajam.

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terça-feira, fevereiro 05, 2008

Carnaval


Eh la. O Jumento esteve num Carnaval muito melhor que o meu.

Obrigatório fumar?

Provavelmente distraído, passou-me despercebida a notícia de que se pretendia adaptar na Madeira a Lei do Tabaco de forma mais permissiva. Estranha intenção esta quando, após a sua aplicação a nível nacional, não se ter verificado nenhuma vaga de fundo a contestar a iniciativa. À excepção de algum pessoal das discotecas (curiosamente os maiores fumadores passivos) e de alguns teimosos que daqui a uns anos se rirão do que agora disseram (M. Sousa Tavares), as pessoas até se mostraram receptivas.
Caramba, logo agora que parei de fumar faz amanhã 4 meses....

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Carnaval Brasil 2008

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Ainda sobre "a Corrupção"

tirado daqui, que tinha tirado dali

«O advogado Marinho Pinto, bastonário da Ordem, denunciou estentoriamente a corrupção do Estado e o mau funcionamento da justiça. Como os tempos são o que são, ninguém ouviu ou se importou com o que ele disse sobre a justiça (de resto, muito interessante e oportuno) e toda a gente se agarrou com volúpia e gula ao velho e gasto assunto da corrupção. Pacheco Pereira, por exemplo, exigiu o regresso à "ética republicana", embora não se conheça qualquer república, nem a romana, com a mais vaga sombra dessa "ética". E o general Garcia Leandro, que dirige o Observatório de Segurança, ameaçou o país com "uma explosão social" contra o regime e, surpreendentemente, revelou que já o convidaram para "encabeçar um movimento de indignação". Pior ainda, o general confessa que a sua própria "capacidade de resistência" a "tanta desvergonha" começa a "enfraquecer" e fala ominosamente do "final" da monarquia.

Talvez convenha perceber duas coisas sobre a corrupção. Primeira, onde há poder, há corrupção. E onde há pobreza, há mais corrupção. Destes dois truísmos resulta necessariamente que quanto maior é o poder ou a pobreza, maior é a corrupção. Portugal junta a uma atávica miséria um Estado monstruoso e autoritário e, por consequência, tem as condições perfeitas para produzir uma enorme quantidade de corrupção. Em Portugal nada se salva da corrupção: nem a administração local, nem a administração central, nem os partidos, nem os "negócios", nem os governos, nem o futebol. A corrupção está íntima da cultura "nacional", no centro da ordem estabelecida, na maneira como os portugueses tratam de si e se tratam entre si.

Não vale a pena, por isso, declamar, perorar, rugir e chorar. O mal só tem dois remédios: o enriquecimento do país, por um lado, e, por outro, uma drástica redução do Estado e, principalmente, da autoridade do Estado. Quanto ao enriquecimento, não parece próximo. Quanto à redução de um Estado com 700.000 funcionários, ninguém até hoje o conseguiu reformar. Pelo contrário, aumentou sempre, intocável e triunfante. Quarta ou quinta-feira, o dr. Silva Lopes perguntava na televisão por que não se metiam, pelo menos, meia dúzia de corruptos na cadeia. Como em Espanha. Ou em França. Ou na América. Não se metem, porque, a meter meia dúzia, acabavam por se meter uns milhares, ou umas dezenas de milhares. E também, evidentemente, porque nenhuma sociedade se persegue a si mesma.»
Vasco Pulido Valente

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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

o sr. inginheiro assina projectos?

A ser verdade é muito triste.
Talvez por isto a revogação do 73/73 teima em se arrastar....

domingo, fevereiro 03, 2008

300 despachos ?!?!?!?!



Tell me Correia, quantos despachos é que consegues assinar hoje?
300

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Corrupção

Hoje não ia escrever nenhum post pois já tinha dedicado algum tempo a responder ao meu amigo Cláudio Santos, num comentário que fez a um post anterior sobre o actual bastonário da Ordem dos Advogados.

Entretanto tenho recolhido mais umas opiniões sobre a postura de Marinho Pinto. Divididem-se. Uns são da mesma opinião: que é preciso pôr o assunto na ordem do dia, custe o que custar, de forma a erradicar este mal, tanto quanto for possível. Os outros dizem que ele deveria ir primeiro ao ministério público dizer o que sabe.
Como se o ministério público não soubesse o mesmo ou ainda mais.

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